Ocular refere-se ao orifício de forma circular ou oval que funciona como janela ou passagem de luz, embora a sua função também possa ser puramente decorativa. No momento, não tem uma definição no Dicionário da Royal Academy, mas é um termo amplamente conhecido na arquitetura.
Etimologicamente, a palavra deriva da expressão latina "ochulos", que é traduzida literalmente como "olho". Ainda, no discurso anglo-saxão, serve para qualificar especificamente esse tipo de estrutura arquitetônica.
Embora possa ser considerada uma variedade de janela, alguns especialistas indicam que os óculos serviam para aliviar o peso das cúpulas, ao mesmo tempo que permitiam a passagem de ar e luz dentro do recinto..
Por outro lado, existem registos de que as primeiras aparições deste elemento arquitectónico ocorreram em construções romanas e gregas, cuja influência se propagou nos diferentes movimentos artísticos e que perduram até aos nossos dias.
Índice do artigo
O óculo é uma expressão arquitetônica que, segundo registros, está presente na cultura e na arte desde a Pré-história, especialmente na Europa Ocidental. Isso possivelmente ocorreu por se tratar de uma figura geométrica facilmente replicável presente na natureza..
Durante o Neolítico, o óculo foi incluído como um símbolo da vigilância constante dos deuses e atenção às ações dos seres humanos.
No entanto, não foi até a Idade Média, especificamente durante os períodos românico e gótico, que o óculo se tornou popular nas construções de basílicas e outros recintos religiosos..
Da mesma forma, sua presença ganhou força no Renascimento, pois ajudou a proporcionar equilíbrio nas cúpulas, ao permitir a entrada de luz e ar..
Graças ao destaque deste elemento arquitetônico em diferentes construções, outras variações surgiram como a "rosácea" e a "lanterna"..
Alguns aspectos importantes podem ser apontados:
-Começou a ser incluída nos detalhes arquitetônicos a partir do século XVI, embora seus antecedentes remontem à Pré-história..
-A "rosácea" é um tipo de óculo que se popularizou durante o período gótico..
-Em alguns casos, o óculo também é conhecido como “olho de boi”. No entanto, alguns especialistas preferem tratá-lo como um subtipo do primeiro em vez de um termo equivalente..
-Na arquitetura francesa, os óculos se destacam por serem encontrados nos sótãos (ou sótãos) de diferentes tipos de edifícios..
-Também é comum ver oculi nas cúpulas, isto se deve principalmente ao fato dos arquitetos terem descoberto que isso permitia a correta distribuição do peso, reduzindo assim a possibilidade de desabamento..
-Hoje, é possível encontrar óculos em navios, hospitais e aviões por razões estruturais.
-Este elemento arquitetônico pode ser encontrado com mais frequência em recintos religiosos.
-Do ponto de vista da arqueologia, o óculo está associado ao olho do deus ou deusa, que permanece vigilante diante das ações dos seres humanos..
Três tipos de óculos podem ser destacados para serem explicados abaixo:
Conforme observado acima, alguns autores referem-se a ele como um tipo de pequeno óculo, principalmente concebido como uma janela. Ele apareceu pela primeira vez na arquitetura no século 16.
É uma espécie de janela circular disposta radialmente com o aspecto de uma "rosa", e acompanhada por vidros com motivos religiosos. Inicialmente, as rosetas eram pequenas, mas ganharam tamanho e importância com o passar do tempo. Até seus projetos se tornaram mais intrincados e complexos..
Como a maioria dos óculos, a "rosácea" é uma espécie de elemento arquitetônico presente nos recintos religiosos com diferentes motivos extraídos das escrituras, a fim de causar impacto entre os fiéis..
Arquitetonicamente, sua função é mais ou menos semelhante à de um óculo, mas é arranjado em forma de tubo para servir de topo de uma cúpula. A função é considerada puramente decorativa.
-No campanário da Giralda ou na fachada da Plaza de Toros, em Sevilha, Espanha, é possível ver exemplares de óculos.
-Outros exemplos a citar são: a fachada-torre da Igreja de Santa María de Utrera e a fachada da Igreja de Nossa Senhora de Oliva de Lebrija.
-No Panteão Romano (construído no século 27 aC) existem óculos, que serviam para permitir a passagem de luz e ar.
-Quanto às lanternas, alguns exemplos podem ser encontrados: na Basílica de São Pedro em Roma, na Igreja de San Frediano in Cestello e também no Capitólio em Washington. Na América Latina, uma das mais conhecidas é a Cúpula da Catedral Metropolitana, na Cidade do México..
-Os estudiosos consideram que as rosáceas são um dos mais belos elementos arquitetónicos que existem. Alguns dos exemplos mais notáveis são as três rosáceas localizadas em Notre Dame, o Olho Gótico na Catedral de Santa María em Palma de Maiorca e na Catedral de Sevilha..
-Embora o óculo seja um recurso arquitetônico presente na arte cristã, ele também pode ser encontrado em outras manifestações culturais como na cúpula do palácio Hasht Bihisht no Irã, ou na tigela de bronze encontrada em Los Millares em Almería, Espanha..
Algumas definições podem ser apontadas a seguir:
-Abside: é chamada a área mais sagrada de uma igreja, pois o altar está localizado e está localizado na cripta destinada a abrigar os restos mortais dos santos.
-Plataresco: é um estilo arquitetônico espanhol que combina elementos e formas góticas e renascentistas. Os motivos eram finamente esculpidos e com detalhes pronunciados.
-Clerestório: são janelas ornamentais localizadas nos arcos das naves laterais das igrejas.
-Arco: é um elemento de suporte geralmente curvo, pois desenha uma forma semicircular ou elíptica.
-Cariátide: é uma coluna com a figura de uma mulher nos templos gregos. Essas figuras foram tão influentes que também foram usadas durante a era renascentista.
-Cresting: é um elemento decorativo utilizado como acabamento arquitetônico, especialmente presente em fachadas ou tetos. Era extremamente popular durante o período gótico.
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