Psicologia no pôquer e na vida

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Abraham McLaughlin
Psicologia no pôquer e na vida

Quem pensa que para ganhar no poker só precisa de sorte, não sabe bem como funciona o jogo. Pode ser que alguém que jogou pela primeira vez acabe ganhando, mas isso seria apenas uma possibilidade, nada a ver com a realidade.

Para jogar pôquer você precisa dose de temperança, estudo, concentração e psicologia, muita psicologia.

Os jogadores profissionais de pôquer escolhem o jogo de cartas como seu estilo de vida, afastando-se do que seria um dia típico de 40 horas. Mas em sua jornada de trabalho, além de jogar torneios, um jogador de pôquer precisa se preparar dedicando tempo ao estudo de diferentes jogos, desenvolvendo lógica e se preparando psicologicamente..

A psicologia é, em muitos aspectos, uma qualidade essencial para o jogador de pôquer. O primeiro sobre o qual falaremos se refere a como o jogador de pôquer tem que lidar consigo mesmo e, portanto, com sua própria psicologia. Como atleta de elite sozinho na quadra, o jogador de pôquer deve enfrentar seus próprios fantasmas na mesa de jogo e, para isso, deve recorrer a diferentes estratégias:

Visualização positiva

Visualize-se antes de um campeonato com atitude e status de vencedor. Imagine-se em um contexto positivo aumenta exponencialmente suas chances de ganhar.

Consolidação

É sempre repetir um gesto toda vez que as coisas vão bem e repeti-lo em momentos de estresse ou ansiedade. Dessa forma, o cérebro é induzido a reagir com um sentimento positivo toda vez que o gesto é realizado..

Linguagem corporal

O poker é uma das profissões em que as pessoas mentem mais. Para o jogador de pôquer, é uma obrigação analise como seu corpo reage dependendo das emoções que você sente a fim de, desta forma, ser capaz de dominá-lo em sua conveniência e enganar o oposto.

O segundo dos aspectos em que a psicologia é essencial no pôquer é em relação a a relação do jogador com seus oponentes: assim como devemos conhecer nossos gestos para controlá-los, devemos conhecer os dos demais jogadores à mesa para antecipar seus movimentos.

É algo tão simples quanto o empatia, a capacidade de nos colocarmos no lugar do outro para compreendê-lo e poder tirar proveito dele. Uma das maneiras de entender seu oponente é observá-lo antes do jogo. Se trata de observe cuidadosamente como o oponente reage em diferentes contextos, analisar seus gestos fora da mesa e assim que o jogo começar.

Observar os outros e compreender suas reações é a única maneira de ter uma ideia clara e realista do que é ou poderia acontecer. Mas, como cada pessoa e sua psicologia são únicas.

Cada caso deve ser analisado individualmente e sem generalização. Por exemplo, se um jogador fala muito e depois fica quieto na mesa, pode ser: porque ele tem cartas ruins e está nervoso, ou porque ele tem uma boa jogada e está ansioso. Teremos que ver qual é o seu caso particular e não generalizar com a reação da maioria dos jogadores naquela situação.

O pôquer é uma profissão na qual você tem que mentir para sobreviver, então dominar as reações do nosso próprio corpo e do adversário nos ajudará a ter uma vantagem no jogo. Neste infográfico feito pela casa de pôquer online Full Tilt Poker, você pode verificar as reações fisiológicas que temos quando mentimos.

O terceiro dos aspectos em que a psicologia influencia o pôquer é em relação ao percepção das coisas.

No artigo Psicologia e pôquer: a percepção e sua influência no controle do jogo pelo jogador de pôquer Matthias Brandner, ele fala sobre como nossa percepção pode nos pregar uma peça. Especificamente, ele fala sobre dois pontos: quando nós superestimamos nossas habilidades, considerando-as melhores do que realmente são, e quando vemos o resultado do jogo de um Maneira errada.

No primeiro ponto, Brandner fala sobre a necessidade de ser objetivo ao nos avaliarmos e ao nosso oponente e reconhecê-lo, da mesma forma que poderíamos vencer, perder está dentro do escopo do jogo e você tem que aceitar isso quando vier.

Quanto à forma de perceber o resultado, o artigo fala sobre a percepção seletiva. Isso se refere ao fato de que sempre nos lembramos dos momentos ruins com mais intensidade do que dos bons, pois nossa psicologia tende a focar mais nos aspectos negativos.. Isso nos leva a perceber erroneamente que as marcas ruins duram mais do que as boas..

A psicologia no pôquer é essencial para sobreviver no tapete verde e, portanto, é uma das disciplinas para a preparação de um jogador profissional de pôquer. Mas, além disso, mais e mais estudos indicam que as habilidades do pôquer podem ser extrapoladas para a vida cotidiana.

Na Harvard University, por exemplo, o assunto de 'Pensamento Estratégico do Poker ' aplicado a habilidades gerenciais.

Por outro lado, psicólogos como o terapeuta emocional e treinador Carlos Limones há muito estudam os aspectos da psicologia do poker para descobrir como influenciam as nossas vidas. Especificamente, Limones encontra muitos pontos na psicologia do pôquer que podem nos ajudar a: ser mais flexíveis quando confrontados com mudanças inesperadas, mais constante para, por exemplo, seguir uma dieta, aprender a melhor gerenciar estresse e conhecimento situações de transporte que não depende de nós.

E assim, na vida como no pôquer, nem tudo é questão de sorte e é preciso ter muita psicologia para vencer..


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