O músculo coracobraquial é cientificamente chamado Musculus coracobraquialis. É um músculo que está anatomicamente localizado no braço, especificamente na face anterior. Ele se origina da parte superior da apófise do osso da omoplata ou também chamada de escápula. Essa região é chamada de processo coracóide da escápula. Portanto, parte do nome deste músculo vem.
É um músculo longo, com certa espessura. Isso termina no segmento central da diáfise do osso do úmero, um terço da extremidade inferior ou distal do osso. É inervado pelo nervo musculocutâneo que vem do plexo braquial, podendo encontrar de 1 a 3 ramos inervando o músculo. Por outro lado, o músculo é suprido vascularmente pela artéria braquial.
A função desse músculo pode ser resumida da seguinte forma: permite que o braço se mova para frente (anteversão), em direção à linha média do corpo (adução), rotação interna (rotação medial) e retorno à posição inicial (neutralização). Além disso, desempenha outras funções como o músculo coaptador longitudinal do braço, protegendo a articulação do ombro..
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Coracobraquial é uma palavra composta. Enquanto "coraco" vem da palavra coracoides que homenageia o lugar onde o músculo começa, o termo braquial, vem do latim. braquial, que se refere ao local anatômico do braço. Este músculo é caracterizado por ser longo e espesso.
O músculo coracobraquial origina-se do complexo ou processo coracóide (processo coracóide da escápula). De lá ele parte na companhia da cabeça curta do bíceps braquial.
É pregado na face interna da diáfise do osso úmero, especificamente um terço da extremidade inferior ou distal do referido osso.
O músculo coracobraquial é inervado por um ou mais ramos da medula lateral do plexo braquial, denominado nervo musculocutâneo. Geralmente, isso passa entre as fibras do músculo. Deve-se notar que este nervo não apenas inerva este músculo, mas também outros músculos na área.
O número de ramos nervosos que inervam o músculo coracobraquial pode variar de indivíduo para indivíduo, conforme demonstrado por Olave em 2004, que realizou dissecções de 42 membros superiores (direito e esquerdo) de cadáveres brasileiros, previamente fixados em formol..
Olave encontrou considerável variabilidade, relatando a observação de um buquê em 11 membros do lado esquerdo e em 6 membros do lado direito. Enquanto com dois buquês ele encontrou um total de 7 para o lado esquerdo e 11 para o direito. E com 3 ramos ele encontrou 3 do lado esquerdo e 4 do lado direito. Esses resultados são resumidos da seguinte forma: 40,5% foi inervado por um único ramo, 42,9% por 2 ramos e 16,6% por 3 ramos..
Este estudo também determinou a origem das ramificações, sendo 88,1% originadas do nervo musculocutâneo e 11,9% originadas do feixe lateral do plexo braquial..
Por fim, em relação ao seu trajeto, Olave observou que em 83,3% dos casos ela passou pelas fibras musculares, o restante o fez fora dela..
Outros estudos, como o de Tavares et al., Em 2008, encontraram um pequeno percentual de indivíduos em que o nervo musculocutâneo estava ausente..
Pesquisas mostram que essa anomalia não causa sintomas no paciente, pois geralmente é substituída pelo nervo mediano e menos frequentemente por fibras motoras nascentes da raiz lateral do nervo mediano ou também do feixe lateral do plexo braquial..
O músculo coracobraquial é suprido pela artéria braquial.
O músculo coracobraquial cumpre várias funções, entre elas podemos citar: movimento do braço junto com a flexão do ombro, manutenção da união da articulação do ombro e balanceador.
É responsável pelos movimentos de anteversão (para frente), adução (em direção à linha média do corpo), além de permitir o movimento de rotação interna do ombro (rotação medial) e retorno à posição inicial (neutralização).
Os movimentos podem ser realizados na velocidade desejada, seja lenta, moderada ou rápida, pois esse músculo está mais relacionado à velocidade do movimento do que à força..
O músculo coracobraquial participa da coaptação dos músculos do ombro, ou seja, na manutenção da união da articulação do úmero com a escápula..
Por ser uma articulação de grande movimentação e uso muito frequente, deve estar bem protegida, tanto pelos ligamentos quanto pelos músculos. Ambos permitirão que a epífise proximal do úmero (cabeça do úmero) permaneça ancorada na cavidade glenoidal, evitando o deslocamento articular..
Um conjunto de músculos coaptadores transversais e longitudinais participa dessa função. Alguns estão localizados na parte anterior da articulação e outros na parte posterior.
No caso do músculo coracobraquial, é um co-receptor longitudinal que atua na face anterior. Nesse nível, ele trabalha em conjunto com os seguintes músculos: supraespinhal, deltóide, tríceps braquial, parte clavicular do peitoral maior e cabeça longa do tendão do bíceps braquial..
Produz estabilidade para a junta.
São nódulos de dor que se formam por sobrecarga muscular. É comum que ocorram no músculo coracobraquial, principalmente ao realizar atividades que envolvem apertar os braços em direção ao corpo. Exemplo: atletas que praticam levantamento de peso na posição deitada (supino) ou mergulham em anéis (mergulhos em anel).
O conjunto de músculos que atuam como coaptadores longitudinais da articulação do ombro - onde o músculo coracobraquial participa - pode, a qualquer momento, causar desgaste nos músculos que compõem o manguito rotador.
Este último é formado pelo supraespinhal, infraespinhal, subescapular e redondo menor..
O desgaste do manguito rotador pode causar muita dor ao paciente, impedindo-o de realizar alguns movimentos do braço.
Um erro comum é tentar fortalecer apenas os músculos do manguito rotador, pois, como já visto, eles não são os únicos músculos importantes na função da articulação do ombro..
Também é um erro tentar fortalecer os músculos bíceps, tríceps e deltóide e negligenciar os do manguito rotador..
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