Mycoplasma hyopneumoniae É uma bactéria considerada gram negativa que pertence ao amplo grupo dos micoplasmas. Foi isolado pela primeira vez em 1965 pela Maré e Switzer. É uma bactéria com morfologia típica dos micoplasmas, evidenciando a total ausência de parede celular. Também se caracteriza pelo fato de conter um pequeno genoma (727 genes), cujo conteúdo de nucleotídeos da citosina e guanina é de apenas 28%..
Mycoplasma hyopneumoniae é uma bactéria patogênica, especialmente em porcos, na qual causa certas condições respiratórias, sendo a mais proeminente a pneumonia enzoótica suína. Mycoplasma hyopneumoniae encontrado presente na maioria das fazendas onde os porcos são criados.
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A classificação taxonômica de Mycoplasma pneumoniae É o seguinte:
Essa bactéria, como o resto das espécies do gênero Mycoplasma, não possui parede celular. Isso ocorre porque eles não têm a capacidade de sintetizar peptidoglicano, que é o componente essencial da parede celular bacteriana..
Mycoplasma hyopneumoniae requer um ambiente no qual haja uma ausência total de oxigênio para se desenvolver.
Bactérias como Mycoplasma hyopneumoniae Eles vivem como parasitas dentro do corpo de alguns mamíferos, principalmente o porco. Essa bactéria coloniza o epitélio das vias aéreas e permanece lá. Às vezes não causa nenhum dano, em outras provoca danos terríveis aos órgãos do sistema respiratório.
Células bacterianas de Mycoplasma hyopneumoniae eles se reproduzem assexuadamente por meio de três processos: brotamento, fissão binária e fragmentação do filamento. Esses mecanismos de reprodução são bastante rápidos, portanto, em um período muito curto de tempo, milhares de células dessa bactéria são obtidas..
Como muitos membros do gênero Mycoplasma, essa bactéria é capaz de fermentar, em condições anaeróbias, certos carboidratos, como a glicose. Por meio da fermentação, é capaz de sintetizar alguns compostos orgânicos, como o ácido lático..
Mycoplasma hyopneumoniae é uma bactéria pleomórfica, ou seja, pode adotar diversas formas, sendo as mais comuns a esférica, a helicoidal e a pririforme. Eles têm medidas aproximadas entre 0,4 e 1,2 mícrons.
Se examinadas ao microscópio, percebe-se que essas células bacterianas não têm parede celular, o que lhes confere seu pleomorfismo característico..
Da mesma forma, quando cultivadas ao microscópio, suas colônias não assumem a forma típica das colônias do gênero Mycoplasma. Forma pequenas colônias esparsas que se assemelham a sementes de papoula.
Esta é uma bactéria que se transmite principalmente através do contato direto entre um sujeito infectado e outro saudável. Da mesma forma, é transmitido pelo contato com secreções do sistema respiratório infectadas..
Mycoplasma hyopneumoniae É uma bactéria quase exclusiva de alguns mamíferos, principalmente porcos. Não representa nenhum tipo de perigo para o ser humano, visto que não é um agente patogênico nele..
É uma doença crônica de grande importância na suinocultura. É causada pela proliferação de bactérias Mycoplasma hyopneumoniae ao nível do epitélio ciliado das partes inferiores de cada lobo pulmonar.
Esta doença pode se apresentar em duas variedades: endêmica e epidêmica. A pneumonia enzoótica suína endêmica é a mais observada, pois a bactéria está sempre presente nas granjas dedicadas à criação de porcos..
Por causa disso, a maioria dos animais que ali crescem entra em contato com a bactéria em algum momento de suas vidas. Especialistas sugerem que ocorra durante a isca, ou seja, entre a 7ª e a 12ª semanas de vida..
A outra variedade da doença, a epidemia, dificilmente é observada. É gerado quando a bactéria é introduzida em uma fazenda onde não está presente. Quando isso acontece, os porcos se infectam e começam a manifestar o quadro clínico da doença.
Mais tarde, com o passar do tempo, a variedade epidêmica acaba na variedade endêmica. Isso ocorre em um período aproximado de 3 a 5 meses.
Um fato muito importante sobre Mycoplasma hyopneumoniae é que quando está no epitélio respiratório, enfraquece suas defesas naturais. Como consequência disso, o animal é suscetível a infecções secundárias por outros agentes bacterianos, como por exemplo Haemophilus parasuis, Pasteurella multocida, Bordetella bronchiseptica Y Actinobacillus pleuropneumoniae, entre outros.
Tendo em conta que esta doença é causada por uma bactéria, o diagnóstico definitivo seria dado pelo isolamento e identificação da referida bactéria. No entanto, como a bactéria infecta o tecido pulmonar, esses testes são muito difíceis e invasivos..
Por isso, é realizado um teste não invasivo que contempla a utilização de uma das técnicas de maior sucesso no campo do diagnóstico molecular: a reação em cadeia da polimerase (PCR)..
Por meio da PCR, dois tipos de amostras podem ser avaliados: o líquido obtido no lavado broncoalveolar ou as amostras nasais coletadas com swabs. Ao avaliar essas amostras é possível identificar o DNA de Mycoplasma hyopneumoniae.
Apesar disso, a análise direta do tecido pulmonar apresenta uma certa vantagem, pois permite estabelecer os diferentes graus da doença de acordo com as características das lesões encontradas..
Dependendo da evolução das lesões encontradas, falaremos sobre os diferentes graus da doença:
O tratamento ideal para infecções por Mycoplasma hyopneumomiae é terapia antibiótica. Os antibióticos considerados altamente eficazes contra essa bactéria são: espiramicina, tilosina, tiamulina, fluoroquinonas e tetraciclinas. Estes são colocados na água ou na alimentação dos animais. Eles também são usados preventivamente.
Da mesma forma, para prevenir a doença, uma vacina pode ser administrada a animais vulneráveis e sujeitos à infecção. A vacina reduz a gravidade dos quadros clínicos e das lesões que aparecem nos pulmões.
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