O que é cognocitivismo?

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Sherman Hoover
O que é cognocitivismo?

O cognocitivismo É uma corrente ou teoria do conhecimento que se baseia no uso da razão e da lógica para garantir a aprendizagem de um sujeito, por meio da relação e interação entre a autopercepção e os objetos e experiências obtidos..

O cognocitivismo se baseia no alcance mental de relacionar elementos e cenários que poderiam ter ocorrido em diferentes espaços de tempo, e relacioná-los para lançar uma nova conclusão ou forma de pensar e ver..

A teoria cognocitivista tira proveito de atributos como percepção, inteligência, memória, capacidade de processamento de informações e resolução de problemas aplicados ao aprendizado. Esta é uma das razões pelas quais é considerada a teoria do conhecimento mais eficaz aplicada à matemática, lógica e outras ciências..

Por seu caráter racional e lógico, o cognocitivismo tem se mostrado insuficiente na transferência de conhecimentos quando se trata das humanidades e de outras ciências humanísticas como a história..

No caso da psicologia, o cognocitivismo está relacionado ao construtivismo, às vezes compartilhando características mais comuns do que realmente possuem.

História do cognocitivismo

A teoria cognitiva tem suas origens nos fundamentos de outras correntes, como o relativismo positivo e o fenomenológico. Um dos primeiros a abordar o conhecimento pré-experiência foi Immanuel Kant, por meio de sua crítica à razão pura. Ele começaria a abordar os primeiros postulados do cognocitivismo com uma forte influência do racionalismo.

Immanuel kant

O cognitivismo surgiria como uma corrente formal a partir dos anos 30, tendo sua origem na Inglaterra. Durante este período, os estudos correspondentes ao pensamento, percepção e outros processos cognitivos foram formalmente iniciados..

O desenvolvimento teórico sobre essa nova tendência se estenderia aos Estados Unidos no mesmo período, principalmente pela mão do autor Edward Tolman.

Outros autores que trabalharam com a função cognitiva na América do Norte foram David Ausubel e Jerome Bruner. Na Alemanha também havia um profundo interesse pelo cognitivo no início do século, liderado principalmente por psicólogos como Wertheimer, Lewin, Koffa e Kohler.

David ausubel

O surgimento do cognitivo, especialmente na Europa e especificamente na Alemanha, foi posicionado, entre outros motivos, como uma resposta contrária ao que a corrente behaviorista da psicologia vinha promovendo..

Aqueles que defendiam o cognitivo rejeitaram os conceitos de condicionamento e respostas instintivas aos estímulos.

Dessa forma, o cognitivismo passaria a propagar na história a validade do conhecimento e da aprendizagem por meio de experiências, crenças, convicções e desejos, em relação aos cenários cotidianos aos quais um sujeito está sujeito..

Características do cognitivo

Segundo autores como Jean Piaget, o cognitivo é basicamente a consolidação da aprendizagem por estágios; um processo de reestruturação de esquemas e preceitos mentais e psicológicos que sofrem mudanças a cada novo fenômeno.

Jean Piaget. Via wikimedia commons.

Essas etapas passam pela assimilação, adaptação e acomodação, até atingir um estado de equilíbrio, no qual o nível de conhecimento adquirido é muito superior..

Esta corrente procura também, no campo da docência, que a ambição do sujeito por mais conhecimentos aumente à medida que os obtém, e instrui o encarregado de ensinar a criar dinâmicas de acordo com as experiências de cada um dos alunos..

Outros elementos mais formais que compõem a teoria cognitiva são os seguintes:

Conhecimento, intencionalidade e existencialismo

Foi principalmente Immanuel Kant quem lançou as bases conceituais em torno do conhecimento e do indivíduo, apresentando-o como "uma síntese da forma e do conteúdo recebidos pelas percepções".

Desta forma, deixa claro que o conhecimento que cada sujeito recebe é inerente à sua individualidade e capacidade de percepção, sua vivência e atitude a cada momento de sua existência..

A intencionalidade, no caso do cognitivismo, é definida como a abordagem intencional da consciência em relação a um objeto específico.

Finalmente, o conceito de existencialismo é tratado simplesmente como a importância que é dada à própria existência das coisas e seu ambiente; temporalidade como um elemento essencial da existência, e isso como o significado próprio dos objetos.

A partir dessas concepções, o ser humano pode estabelecer relações de interação mais adequadas com seu meio e, por meio de seus aspectos psicológicos, desenvolver um espaço vital para seu desenvolvimento e compreensão do mundo..

Princípio da contemporaneidade

O princípio da contemporaneidade dentro do cognitivismo é um dos valores formais que os especialistas da atualidade usam para ilustrar e explicar a dinâmica psicológica do conhecimento e da experiência..

O conceito por trás desse princípio se refere ao fato de que todo evento psicológico é ativado pelas condições psicológicas do sujeito no momento em que um comportamento se manifesta..

Desse modo, pode-se interpretar que nada há de absoluto na dinâmica psicológica do cognitivismo, e que cada reação está ligada à singularidade do sujeito..

Formas de aprendizagem em cognitivismo

Por ser um fluxo de conhecimento, e como outros, promove a obtenção eficiente deste por meio da interação e inter-relação com o meio ambiente, duas formas formais de obtenção de conhecimento foram estabelecidas..

Por descoberta

O sujeito tem a oportunidade de descobrir as informações por si mesmo; ou seja, não é lido diretamente fornece o conteúdo sobre o qual se deseja ensinar.

Dessa forma, por meio de pistas, o sujeito pode abordar a informação por si mesmo, gerando um interesse muito mais genuíno.

Na recepção

O sujeito é o destinatário de certas informações, que ele pode processar e interpretar de forma repetitiva e significativa.

A forma como esse processo ocorre vai depender muito mais do tipo de conteúdo e da própria atitude do sujeito em relação a esse conteúdo; a própria dinâmica de recepção não é decisiva para o tipo de interpretação.

Referências

  1. Estefano, R. (2001). Tabela comparativa entre as teorias behaviorista, cognitivista e construtivista. Universidade Pedagógica Experimental Libertador.
  2. Treinamento de professor. (8 de novembro de 2002). A teoria cognitivista. ABC Paraguai.
  3. Gudiño, D. L. (2011). Behaviorismo e Cognitivismo: Duas Teias de Aprendizagem Psicológica do Século XX. Ciências da Educação, 297-309.
  4. Ibañez, J. E. (1996). Os quatro "caminhos fortes" da teoria sociológica contemporânea. Papéis, 17-27.
  5. Mergel, B. (1998). Design instrucional e teoria de aprendizagem. Saskatchewan: Programa de Comunicações e Tecnologia Educacional.

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