Pombo rafael (1833-1912) foi um escritor, poeta, contista, fabulista, tradutor e diplomata colombiano. É considerado um dos poetas mais destacados do século XIX em seu país. Porém, com o passar do tempo, as histórias de seus filhos ofuscaram sua qualidade lírica e isso o levou a ser mais conhecido por sua produção narrativa..
A obra literária de José Rafael de Pombo y Rebolledo caracterizou-se pelo predomínio de uma linguagem culta, precisa e expressiva. Sua poesia entrou no movimento do romantismo e se destacou pelo conteúdo reflexivo, subjetivo, emocional e às vezes filosófico. O autor escreveu sobre Deus, mulher, natureza e amor.
Em relação ao seu trabalho voltado para o público infantil, este intelectual desenvolveu histórias com conteúdo educacional e repleto de valores. Tudo carregado de imaginação, graça e criatividade. Alguns dos títulos mais conhecidos foram: A pobre velha, Simón o bobito, O gato bandido e O girino ambulante.
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José Rafael Pombo nasceu em 7 de novembro de 1833 em Bogotá, antiga Nova Granada. O escritor veio de uma família rica e culta. Seus pais foram o político, diplomata e jornalista Lino de Pombo O'Donell (signatário do tratado histórico Pombo-Michelena nos limites com a Venezuela) e Ana María Rebolledo.
Os primeiros anos da formação educacional de Rafael Pombo foram a cargo de sua mãe Ana María Rebolledo. Em sua infância nasceu seu gosto pela leitura e poesia, e aos dez anos começou a escrever seus primeiros versos.
Após o treinamento que recebeu de sua mãe, Pombo continuou seu processo de aprendizagem no seminário de sua cidade natal. Lá obteve conhecimentos do latim, o que lhe permitiu traduzir os grandes clássicos da literatura durante sua vida profissional..
Depois disso, o escritor estudou humanidades no Colégio Mayor Nuestra Señora del Rosario e formou-se engenheiro no Colégio Militar em 1848.
Embora Pombo não se dedicasse totalmente à prática da engenharia, recém-formado participou de diversos projetos de embelezamento de Bogotá. Nessa fase, ele se juntou à Sociedade Filotêmica.
Também nessa época o escritor também colaborava nos jornais The Day, The Herald, America, The New Era Y The Philotemic. No último meio impresso publicou seus primeiros poemas assinados com o pseudônimo de "Firatelio".
Pombo foi para Popayán passar uma temporada em uma das propriedades da família. Lá ele investiu tempo lendo e escrevendo. Foi nesse período que desenvolveu dois de seus poemas mais famosos: Meu amor Y A taça de vinho, ambos os escritos assinados com o pseudônimo "Edda".
O escritor criou a postagem O NAP em 1852, na companhia de seus amigos intelectuais José María Vergara y Vergara e José Eusebio Caro. O jornal tinha conteúdo literário e prevaleceu a corrente romântica.
Rafael Pombo iniciou sua carreira diplomática em 1855, ano em que foi nomeado secretário do Ministério das Relações Exteriores da Colômbia em Nova York. Junto com seu trabalho político, o escritor desenvolveu sua obra literária. Ele passou períodos na Filadélfia e Washington como cônsul.
Na época, Pombo foi contratado por uma empresa para traduzir canções infantis do inglês para o espanhol. O produto final foram as obras Histórias pintadas para crianças Y Contos morais para crianças formais entre 1867 e 1869. O intelectual viveu dezessete anos nos Estados Unidos e foi sua fase mais produtiva.
O escritor colombiano voltou ao seu país em 1872 e rapidamente se incorporou aos acontecimentos literários e jornalísticos da época. Trabalhou como tradutor, trabalhou e fundou vários jornais. A mídia impressa do Pombo que mais se destacou foi Centro Y Cartucho.
Um ano depois de se instalar em Bogotá, o intelectual propôs e conseguiu aprovar a criação do Instituto Geral de Belas Artes. Na mesma época ele começou a trabalhar no jornal A escola normal, que dependia do órgão da Instrução Pública.
O talento de Pombo para a poesia abarcou o tema religioso. Então, em 1877, a publicação 8 de dezembro, uma brochura com versos religiosos previamente aprovada pela hierarquia eclesiástica de Bogotá. Neste trabalho ele ratificou sua qualidade linguística e sua força expressiva..
Rafael Pombo foi gravemente afetado por uma úlcera em 1879, por isso permaneceu muito tempo acamado. No entanto, o escritor se esforçou o suficiente para realizar a tradução de As odes por Horacio.
O estado de saúde em que estava imerso o levou a buscar soluções na medicina homeopática. Depois de vários anos acamado, em 1883 o médico Gabriel Ujueta conseguiu curá-lo e isso o motivou a ingressar na Sociedade Homeopática da Colômbia. Naquela época ele se dedicou a escrever sobre homeopatia e sofreu a perda de sua mãe.
A obra literária de Rafael Pombo foi uma das mais marcantes de seu país e que lhe rendeu reconhecimento da academia, da crítica e do público. Foi assim que foi nomeado membro da Academia de História em 1902.
Posteriormente, foi reconhecido com o Prêmio Nacional do Poeta, após uma homenagem que lhe foi prestada em 20 de agosto de 1905 no Teatro Colón, em Bogotá..
A vida de Pombo foi dedicada ao trabalho literário e jornalístico. Embora tenha sido um dos poetas mais notáveis da Colômbia, sua obra mais conhecida foi a de conteúdo infantil. Seus últimos anos foram dedicados a escrever histórias e fábulas.
Em 6 de fevereiro de 1912, o escritor ingressou na Academia Colombiana de Línguas. Naquela época, a saúde do intelectual começou a piorar. Rafael Pombo faleceu em 5 de maio de 1912 na cidade onde nasceu, aos setenta e oito anos. Seu corpo foi enterrado no Cemitério Central da capital colombiana.
O estilo literário de Rafael Pombo foi enquadrado no romantismo. O escritor utilizou em seus poemas e contos uma linguagem culta, clara, precisa e expressiva. Em suas obras houve presença de uma forte carga de subjetividade, reflexão e sentimentalismo..
As principais influências deste escritor colombiano foram Víctor Hugo, José Zorrilla, Byron e os clássicos latinos.
A obra poética de Pombo caracterizou-se pelo uso de uma linguagem clara e expressiva, desenvolvida no seio da corrente romântica. Em suas letras ficava evidenciado o amplo conhecimento que possuía da língua e suas formas.
A gestão profunda dos recursos linguísticos de Pombo permitiu-lhe escrever sonetos, odes, canções, hinos e epigramas..
O poeta tinha a capacidade de manejar e aplicar todos os tipos de métricas que se utilizavam no século XIX, que conferiam à sua obra um cunho de criatividade e dinamismo. Os temas mais comuns nos versos de Rafael Pombo foram: amor, mulher, Deus, natureza, misticismo e solidão.
As histórias infantis do Pombo se destacaram e continuam valendo pelo seu conteúdo fantástico, surpreendente e original. O escritor usou uma linguagem culta, clara e divertida para atrair as crianças à leitura. Em suas narrações, ele refletiu seu pensamento de despertar a curiosidade da criança por meio da imaginação.
O conteúdo das histórias de Rafael Pombo teve como foco ensinar aos bebês aspectos da vida desde os aspectos educacionais, lúdicos e dinâmicos. Graça, criatividade e imaginação foram características predominantes na obra narrativa deste ilustre escritor colombiano.
O trabalho de Rafael Pombo se desenvolveu em três etapas relacionadas às circunstâncias de sua vida. O primeiro correspondeu aos primeiros anos de juventude na cidade de Bogotá, época em que publicou em alguns meios de comunicação impressos vários poemas soltos e seus conhecidos As horas de escuridão em 1855.
A segunda etapa da vida literária de Pombo ocorreu nos Estados Unidos durante suas missões diplomáticas entre 1855 e 1872.
Por fim, a terceira foi realizada novamente na cidade onde ele nasceu, foi de 1872 até o fim de sua vida. Aqui estão alguns dos livros publicados pelo escritor e uma lista de suas histórias mais populares.
- Poetic Exabruptos de Rafael Pombo.
- A hora das trevas (1855).
- Histórias pintadas para crianças (1867).
- Contos morais para crianças formais (1869).
- Trabalho completo (1916, edição póstuma).
- Seqüência do alfabeto.
- Para o recém-nascido.
- Para um professor.
- Bambu patriótico.
- Beleza e amor.
- Capa e rede.
- Cartilha ilustrada I. Deus nos vê.
- Primer ilustrado IV. Para a Virgem Santa.
- Primer ilustrado VIII. A pátria.
- Iniciador ilustrado XII. Casa.
- Primer ilustrado XVI. Geografia.
- Primer ilustrado XX. Ordem de vida.
- Porco.
- Cutufato e seu gato.
- Deus e alma.
- Doña Pánfaga.
- Água e sabão.
- O xadrez.
- A alma e a criança.
- A corrente.
- Burro de federico.
- O cavalo e o pardal.
- O jacaré e as moscas.
- O caçador ambicioso.
- O gazebo.
- Espartilho.
- Corpo e alma.
- O daguerreótipo.
- O gato guardião.
- O colegial e a lagarta.
- O gato bandido.
- O gato mentiroso.
- O balão e a galinha.
- O grão e a pérola.
- O falcão e a galinha.
- O corcunda.
- O leitor e o bug.
- O libertador.
- O lobo herói.
- O lobo e o pastor.
- O modelo alfabético.
- O macaco aplaudiu.
- A montaria e o esquilo.
- O mosquito chorão.
- O garotão.
- O pobre menino.
- O pássaro dourado.
- O menino e o cordeiro.
- Cachorro do enrique.
- O tentilhão e a pega.
- O potro sem freio.
- O ponteiro e o relógio.
- O rato da inveja.
- O sermão e o jacaré.
- O soldadinho.
- O sonho perverso.
- O trem a vapor.
- O violino quebrado.
- A raposa e o leopardo.
- Fuño e furano.
- Hino da manhã.
- Juan Matachin.
- A aranha crítica.
- O caranguejo conselheiro.
- A galinha e o porco.
- Gota d'água.
- A formiga e a mosca.
- Boneca da Emma.
- A garota curiosa.
- A lagarta e a senhora.
- Ovelhinha de ada.
- A pomba.
- A pomba e a criança.
- A pulga epicurista.
- A pomba e a abelha.
- A pobre senhora.
- A pulga epicurista.
- A rosa e a tulipa.
- A serpente caridosa.
- Vingança da abelha.
- A égua e a saia.
- A raposa e o macaco.
- As rãs e a tocha.
- As sete vidas do gato.
- Os bebês chorões e a toupeira.
- Os três bois.
- Mirringa mirronga.
- Pastorzinho.
- Periquito zaquituerto.
- Simón o Bobito.
- Tia pasitrote.
- Noite de dezembro.
- Elvira Tracy.
- Para Niágara.
- lua cheia.
- Prelúdio de primavera.
- O Vale.
- Melancolia.
- Dissemos ontem.
- Pecado original.
- A noite.
- Para sempre.
- Mary.
- A casa do padre.
- Pode cruzar.
- Meu amor.
- Redemoinho.
- O bambuco.
- Meu tipo.
- O casal humano.
Foi um dos poemas mais conhecidos de Rafael Pombo, que ele desenvolveu aos 22 anos. Este trabalho consistiu de sessenta e um décimos em que refletiu sentimentos de desesperança e angústia devido a um estado de saúde que sofreu por muito tempo..
O poema foi produzido dentro das linhas do romantismo e utilizou uma linguagem culta e expressiva, típica de seu estilo literário..
"Oh que mistério terrível
isso é da existência!
Revele-me alguma consciência!
Fala comigo, poderoso Deus!
Há não sei quão aterrorizante
no ser do nosso ser.
Por que eu vim para nascer?
Quem sofrer me obriga?
Quem deu aquela lei do inimigo
ser para sofrer?
Se eu estivesse em nada,
Por que eu vim do nada
para execrar a hora reduzida
em que minha vida começou?
E uma vez que foi cumprido
é um prodígio sombrio,
Por que o mesmo que o impôs
ele não vem para me libertar?
E que tal ter que carregar
um bem contra o qual protesto?
... Por que estou onde estou
com essa vida que eu tenho
sem saber de onde venho
sem saber para onde vou ...? ... ".
Este poema foi produzido pelo escritor colombiano durante o período em que viveu nos Estados Unidos. Pombo, além de exaltar a paisagem natural do Niágara, fez comparações em relação a aspectos da vida..
Nesta obra, o escritor falou da própria essência da natureza com o artificial e o superficial. Isso lhe deu um conteúdo de reflexão filosófica.
"Aí está você de novo ... O mesmo feitiço
que anos atrás eu sabia, monstro da graça,
branco, fascinante, enorme, augusto,
sultão de torrents.
Ancorado e sereno em sua força incomparável.
Aí está você sempre o Niágara! Perene
em seu transe estático, nessa vertigem
de tremenda vontade, sem me cansar
nunca de você, nem do homem que te admira.
… Será que Deus está cansado? Ah! tão longe quanto
há charme letal, começo triste
De inércia, hostil a Deus, germe de morte,
gangrena de almas sequestradas
de seu fluxo vivificante ...
Em você parece que o mundo começa
largando as mãos do Eterno
para empreender seu curso eterno
através do éter profundo.
Você é o céu que vai cobrir a terra
você desce, e velado em nuvens brancas
a majestade de Deus desce com você ... ".
Esta obra poética de Pombo foi sobre o amor e a inocência eternizada. O escritor com uma linguagem cheia de emoções expressou seus sentimentos pela jovem que deu o título ao poema e cuja vida terminou quando ela tinha apenas quinze anos..
Foi uma elegia de amor, de mulher, mas sobretudo de um sentimento que partiu sem se consumar totalmente. Rafael Pombo colocou a mulher em um lugar alto, quase divino. Para ele, era a totalidade da criação e uma força atrativa irreprimível.
"Aqui é o ano mais lindo
dia,
digno do paraíso! É cedo
saudação que o outono nos envia;
são as despedidas que o verão nos dá!
Ondas de pura luz brilham
o quarto branco da doce Elvira;
os pássaros amorosos cantam,
o zéfiro perfumado suspira.
Aqui está a penteadeira dela: eu ainda sei
estremecimentos
qual de sua forma virgem ao toque
suave.
Aqui está a mãe de Jesus: parece
estar ouvindo suas orações.
Um caixão no centro, um pano,
um cristo!
Um cadáver! Santo Deus!… Elvira!…
É ela!
Eu a vi felizmente linda ontem.
E hoje? ... hela aí ... só
bonito!… ".
Foi uma das obras mais conhecidas de Rafael Pombo, foi dirigida ao público infantil e atualmente tem grande validade. Era uma narrativa em versos sobre a vida de uma velha que, embora ainda tivesse poucos anos de vida, tinha fartura de alimentos.
O texto foi redigido em linguagem simples e de fácil compreensão. Estava carregado de humor e ironia, pois o conteúdo contrariava o título dado pelo autor.
"Era uma vez uma velhinha
sem nada para comer
mas carnes, frutas, doces,
bolos, ovos, pão e peixe.
Bebeu caldo, chocolate,
leite, vinho, chá e café,
e o coitado não conseguiu encontrar
o que comer ou o que beber.
... apetite nunca teve
terminando de comer,
nem ele gozava de plena saúde
quando ele não estava bem.
Ele morreu de rugas ruins,
já curvado como um três,
e nunca mais reclamou
nem de fome nem sede.
E esta pobre senhora
quando ele morreu ele não deixou mais
quantas onças, joias, terras, casas,
oito gatos e um turpial.
Durma em paz e que Deus permita
que podemos desfrutar
as pobrezas deste pobre
e morrer do mesmo mal ".
“Simón, o bobito, chamou o chef pasteleiro:
Vamos ver os bolos, quero experimentá-los!
-Sim, o outro respondeu, mas primeiro eu quero
veja aquela cerveja com a qual você tem que pagar.
Ele procurou em seus bolsos o bom Simoncito
e disse: você vai ver! Eu não tenho um único.
Simón o bobito gosta de peixe
e ele quer se tornar um pescador também,
e passar as horas sentado
Pescar no balde da Mama Leonor.
Simoncito fez um bolo de neve
e assá-lo nas brasas famintas
jogou fora,
mas o queque se desfez logo,
e apagou as brasas e não comeu nada ... ".
"Mirringa mirronga, a gata candonga
vou dar um petisco brincando de esconde-esconde,
e ele quer todos os gatos e gatos
não coma ratos ou jante com
ratos.
'Vamos ver meus óculos, caneta e tinteiro,
e estamos colocando as cartas primeiro.
Que os Fuñas e os
Fanfarra,
e Ñoño e Marroño e Tompo e seus
garotas.
Agora vamos ver como fica o armário.
Tem frango e peixe, a questão é
Boa!'
… As flores, a mesa, a sopa!… Tilín!
Pessoas estão vindo. Jesus, que agitação!
Eles chegaram de carro tarde da noite
senhores e senhoras, com muitos zalemas,
grande uniforme, cauda e luva,
com golas muito rígidas e sobretudos elegantes ... ".
- “É a velhice da noite em viagem; e como a terra está escondida de você, abra, amigo, o céu ao seu olhar ".
- "E do boato das alegrias alheias, só chegam-me ecos melancólicos".
- “Deus fez assim. As queixas e a censura são cegueira. Feliz é aquele que consulta oráculos superiores ao seu luto! ".
- "Mãe ... eu vou te seguir ... você vê à frente que, me dando o exemplo, eu vou fazer isso na hora".
- “Era um lago como os feitos pelas nuvens, com suas margens prateadas, com seus querubins, com seu balanço; lago profundo e branco da meia-noite; entre o céu e a terra, como no mundo, e fora dele ... ".
- “A criança é uma bomba de aspiração, não de raciocínio que o cansa, mas de imagens; é essencialmente curioso, prático e material; quer ser ensinado objetivamente ".
- “Eu, por hoje livre e vago, voto para uma morena, magra mas carnuda, com um rosto correto e picante”.
- “Eu te amei como a grande natureza ama o abraço matinal do sol; Como a órfã o nome de seu pai, como a virtude a bênção de Deus ".
- “Você era tudo para mim, o céu, o mundo, os sonhos, as crenças, a casa. Sentindo sua falta, viver era impossível; com você, amado, mal inconcebível ".
- “Se isso é amor, meu jovem! Eu te amo, e se isso é gratidão, eu te abençoo; Eu meu amado, meu senhor te chamo, que outros te dêem o título de amigo ".
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