As rimas eles são um elemento que adiciona ritmo e som a um texto. Este efeito é claramente apreciado na hora da leitura, pois ao final de cada um dos versos que compõem a escrita, começam a ser apreciadas as combinações sonoras que tornam agradável tanto a recitação quanto a escuta..
Um exemplo claro é:
"Essa casa é boaita, (para)
aquela casa pertence a minha hermAna, (b)
as pessoas vivem láAna, (b)
pessoas grandes e muito pequenasita”. (para)
Para conseguir esse efeito sonoro, essa “rima”, o escritor tenta combinar palavras cujas últimas sílabas sejam idênticas ou semelhantes no final de cada linha (logo após a sílaba tônica, ou seja, a vogal com a entonação de voz mais alta).
As letras “a” e “b” são colocadas no final de cada linha de escrita ou versículo para indicar a correlação que existe entre eles dentro da estrofe. Vamos lembrar que o agrupamento dos versos dá origem a uma estrofe.
Um exemplo muito simples dessa relação sonora entre palavras seria que "casa" rima com "massa". Ambas as palavras têm a entonação de vogal mais alta na primeira sílaba, "casa" em "ca" e "massa" em "ma", respectivamente, e também compartilham uma desinência idêntica: "asa".
Isso permite que se combinem perfeitamente, e essa combinação é chamada de “rima consonantal”, porque não só as vogais depois da chamada sílaba tônica se combinam, mas também as consoantes. Iremos desenvolver este ponto melhor mais tarde..
A rima é com efeito o som das palavras escritas, pois quando são ditas, emitidas ou declamadas, percebe-se a correspondência no timbre, aquela certeza de dança e dança entre os fonemas, ou seja: os pequenos sons que fazem cada palavra. Isso permite que entre os diferentes versos haja uma relação.
Etimologicamente, a origem está associada à palavra latina ritmo, e é definido como um movimento que flui através dos espaços do tempo, de forma medida e regulada, dando notoriedade à expressão.
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Historicamente, a rima obteve posição e renome na Idade Média. Os árabes, em contos e narrativas, usaram-no como recurso pedagógico para contar suas histórias fantásticas. Era mais fácil para as pessoas aprenderem uma história com o uso de rimas e os sons que elas proporcionavam do que sem eles.
Os árabes consideravam supersticioso o fato de as palavras terem ritmo e certas cadências quando pronunciadas..
Posteriormente, ocorre o desenvolvimento do chamado "movimento romântico", no qual vários escritores deram os primeiros passos no uso da rima, e muitos outros alcançaram a glória..
O mais proeminente dessa época foi o escritor espanhol Gustavo Adolfo Domínguez Bastidas, mais conhecido no meio literário como Gustavo Adolfo Bécquer, cujas rimas continuam a fazer história.
No crepúsculo do século XIX, e com o alvorecer do XX, foram várias as correntes que propuseram e estabeleceram o verso livre, ou seja, com a ausência de rima e métrica, dando origem a um novo surgimento de escritores, e formas de vendo a própria poesia.
As rimas são caracterizadas por serem consoantes e assonantes, cada uma apresentando especificações diferentes dentro dos versos. Porém, com base em seu conceito, são identificados pelo acento prosódico que ocorre no final da sílaba de um ou mais versos.
As consoantes, conforme mencionadas na parte superior, são aquelas em que as palavras, após a sílaba tônica, compartilham todos os seguintes sons e letras, por exemplo: “coruja” e “chuza”; enquanto a assonância só compartilha as vogais após a sílaba tônica, exemplo: "casa" e "cada", onde o "s" e "d" fazem a diferença.
Quando falamos em rima, também nos referimos à métrica que nelas está presente, ou seja, que são todos os detalhes que dão ritmo a um texto poético. O medidor inclui, por sua vez, o estudo do verso, da estrofe e do poema.
Outra característica que a rima apresenta é que pode ser arranjada em estrofes, isto se refere ao conjunto de versos que são precedidos por um sinal de pontuação: seja um ponto final, uma vírgula ou um ponto e vírgula; relacionado, por sua vez, ao sentido rítmico.
O que se destaca na rima é a forma como são marcados ou nomeados, para efeito de seu reconhecimento. Letras maiúsculas "A, B, C”Para nomear os versos conhecidos como“ versos principais da arte ”, ou seja: aqueles que têm nove ou mais sílabas.
Em relação ao anterior, para os versos de arte menor, as mesmas letras são usadas "a, b, c”, Mas neste caso, em minúsculas, o que significa que os versos são compostos por oito ou menos sílabas.
Embora existam vários tipos de rimas, as mais estudadas e utilizadas são as que se referem ao timbre; essas são as consoantes e assonantes. Abaixo estão os tipos de rimas:
Essas rimas também são conhecidas como perfeitas. Eles ocorrem quando a pronúncia de consoantes soa exatamente igual. Outra forma de conceituar é quando há uma harmonização entre as vogais e consoantes na última sílaba de cada verso.
Este tipo de rima é considerado o mais difícil, pois sua escrita costuma ser menos solta ou livre, e sua harmonia com os demais versos é mais limitada..
Exemplo: "calcário" rima em consonância com "slides".
Estes são os imperfeitos, ou seja: são aqueles em que todas as vogais coincidem ou se ajustam em volume, mas o mesmo não acontece com as consoantes..
Ou seja: este tipo de rima ocorre quando há a reprodução única e exclusiva dos sons vocálicos, com a acentuação da última vogal em cada um dos versos.
Para ampliar as informações sobre os tipos ou classes de rimas, faz-se referência à sua classificação de acordo com o sotaque, a disposição e aquele conhecido como arromanzada..
Exemplo: "monociclo" rima assonantemente com "micro", as vogais "i-o" coincidem em ambas as palavras, mas não as consoantes.
São essas qualidades que determinam a chamada "lei do acento final", que nada mais é do que aquela que determina a métrica exata de cada verso de acordo com a característica do timbre sonoro da última palavra, ou seja: se a palavra é grave, aguda ou spruceous. Este condicionamento é explicado a seguir:
Este tipo de rima é aquele que especifica que a palavra que encerra o verso se enquadra na classificação aguda; adicionando assim uma sílaba ao verso inteiro.
Exemplos: "mais", "ali", "amendoim", "café". Todas as palavras têm a entonação mais forte na última sílaba de cada palavra.
Esse tipo de rima está associado à qualidade séria ou plana da classificação das palavras, da palavra final que compõe o verso. Seu objetivo é combinar as últimas sílabas, mantendo o acento dentro da penúltima sílaba. É o mais usado na nossa língua.
Exemplos: "casa", "massa", "xícara", "carro", "jarra".
Nesse caso, a rima ocorre na palavra esdrújula do verso, desde que esteja no final. Ao contrário dos anteriores, pelo comprimento ou métrica para a totalidade, uma sílaba é suprimida.
Vale ressaltar que devido à escassez de palavras esdrújulas com consoantes semelhantes, este tipo de rima é de muito pouca utilidade..
Exemplos: "esdrújula", "compajula", "maníaco", "bótate".
Referimo-nos a este tipo de rima quando os versos são repetidos ao longo de toda a extensão das estrofes do poema. Podemos observar a rima contínua nos poemas conhecidos como romances populares, além da assonância nos versos pares. (Veja o exemplo no final).
Essa rima também é conhecida como pareada ou par, e é aquela que ocorre entre dois versos que se seguem. Refere-se a dísticos, aquelas estrofes que são compostas por dois versos.
Pode ser aplicado nos versos sete e oito, como a "oitava real" que é uma estrofe composta por oito versos de métrica hendecasílaba, além da rima consonantal. (veja o exemplo no final).
De acordo com a disposição, também está incluída esta forma, que é aquela que engloba ou contém dois versos com o mesmo tipo de rima. Apesar de sua simplicidade, dependendo do domínio linguístico, o poeta pode alcançar ótimos resultados comunicativos com este tipo de rima..
Nessa rima, como o nome indica, há um cruzamento entre os versos pares e ímpares. Também é conhecido como rima alternativa, em virtude de sua variabilidade. A cruzada é comumente usada no "serventesios”, Que descreve uma estrofe composta por quatro versos da arte principal. (Veja o exemplo no final).
Ocorre quando em uma estrofe os versos não coincidem em uma fileira, mais especificamente os versos pares rimam com aqueles de seu tipo, e os ímpares com os ímpares. Os trigêmeos encadeados são um bom exemplo de trançado.
É um recurso amplamente explorado pelos poetas da atualidade, principalmente para a versificação de temas musicais. (Veja o exemplo no final).
Para finalizar com os tipos de rima, como o próprio nome indica, esta se manifesta no interior do verso, e não no final, como é de praxe. É usado para gerar um som marcante dentro do verso, um recurso muito bom na hora de compor canções. (Veja o exemplo no final).
"Na luz do sol você não existes, (para)
e no comprimento do hvocê reza (b)
você não riistes (para)
pecado para nossas ausênciasvocê reza. (b)
Mas fortuna, meu mal não está farto, (c)
Aflige-me e conduz de um trabalho para outro; (d)
já do país, já do bem me separa; (c)
e minha paciência em milhares de testes de maneiras; (d)
e o que mais sinto é que a letra (c)
onde minha caneta se move em seu louvor, (d)
colocando em seu lugar cuidados vãos, (e)
Ele me tira e me arranca das mãos ”. (e)
(Garcilaso de La Vega).
eu
“A luz caiu como água seca (a)
de nova força. (para)
De: César Vallejo (b)
E eu pensei sobre seus olhos, (c)
em seus numerosos pés. (c)
O seguinte é fácil de aplicar, para ensinar os mais pequenos: (b)
Trina um pássaro no ninho (grátis)
bela canção pela manhã, (d)
a flor cresce na roseira, (grátis)
a rã coaxa na lagoa ”. (d)
Observe que
"Pegue este rio coberto de mato (a)
e vai demorar todos os dias (b)
e as coisas que ao longo do caminho (b)
a câmera saiu ”. (para)
(Luis de Góngora)
“Poeta ontem, hoje triste e pobre (a)
filósofo da madrugada (b)
Eu tenho moedas de cobre (a)
o ouro de ontem mudou. ”(b)
(Antonio Machado)
eu
"Se você é mágico
vá para a áfrica
engolir um helicóptero (grátis)
e acenda a lâmpada ”. (gratuitamente)
(Anônimo)
A seguir, outro exemplo claro deste tipo de rima, lembrando que devido ao seu comprimento ou metro, uma sílaba deixa de ser contada, em relação à totalidade:
(...) E seu supremo, e seus sorrisos únicos, (a)
e seus olhares, estrelas que vestem túnicas negras. (a)
(Ruben Dario)
“Com saco de amargura, de alecrim vivo, (a)
Deparei-me, depois de uma longa caminhada, a paz de um caminho. (A)
O último resplendor do dia estava morrendo. (A)
No topo de um choupo, um pintassilgo soluçava. ”(A)
(Ramón Pérez de Ayala)
eu
"A primavera chegou. (para)
Ninguém sabe como foi. ”(A)
(Antonio Machado)
eu
“Como o mar da praia às areias, (a)
Eu estou indo neste naufrágio de balanços, (b)
através de uma noite escura de panelas (b)
redondo, pobre, triste e moreno. (para)
O que há de errado com o quarteto, (c)
que não consigo encontrar a rima, (d)
É melhor eu perguntar ao meu primo
o dos versos faz sonetos ”. (c)
(Miguel Hernandez)
eu
“Tesouro divino jovem, (a)
e você não vai voltar! (b)
Quando quero chorar não choro ... (a)
e às vezes eu choro sem querer. ”(b)
(Ruben Dario)
“Um tapa forte, um golpe de gelo, (a)
um golpe de machado invisível e assassino, (b)
um empurrão brutal o derrubou. (para)
Não há extensão maior do que minha ferida, (b)
Eu choro meu infortúnio e seus jogos (livre)
e sinto mais a tua mente do que a minha vida ”. (para)
(Miguel Hernandez)
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