O saúde da comunidade refere-se ao estado geral de saúde de uma determinada população e às atividades, estratégias e metodologias implementadas para melhorá-lo. É definida pela interação entre as características das pessoas, seu meio social e dos serviços de saúde, juntamente com a influência de fatores políticos, históricos e culturais..
Esse conceito implica uma visão global e global da saúde, diferente do resultado da soma da saúde individual de seus membros. Por sua vez, supõe que a própria comunidade pode ser geradora tanto de fontes de doenças e infecções quanto de ações de prevenção e melhoria desses agravos..
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), saúde comunitária é o "conjunto de esforços coletivos das populações para aumentar seu controle sobre os determinantes da saúde".
Este órgão destaca que as circunstâncias em que as pessoas nascem, crescem, vivem, trabalham e envelhecem são elementos fundamentais da saúde e consequência das políticas atuais e da distribuição de recursos..
Por isso, defende que as estratégias e planos de melhoria, além de tratarem dos aspectos de saúde, devem atuar também sobre os fatores sociais e culturais relacionados a essa temática presentes na comunidade..
Índice do artigo
O acesso à saúde comunitária é um direito natural que tanto o Estado quanto a própria sociedade devem garantir aos seus cidadãos.
Seus objetivos são proteger a comunidade dos fatores de risco, melhorar o cuidado e a qualidade de vida das pessoas e promover o cuidado pessoal e em grupo por meio da educação e da prevenção..
Entre as principais características desse tipo de saúde estão a equidade, uma vez que permite remediar as desigualdades sociais, e a participação da comunidade, uma vez que atores públicos e privados intervêm em seus processos..
Também se destaca pela acessibilidade, que deve abranger toda a população, e por exigir a implantação de políticas e ações de diagnóstico, planejamento, implantação e avaliação dos resultados para garantir sua eficácia..
Por outro lado, sua execução requer uma equipe de trabalho multiprofissional que cubra os aspectos físicos, psicológicos e sociais, e que tenha capacidade de se mobilizar fora dos centros de saúde para avaliar a situação das pessoas..
O diagnóstico de saúde comunitária refere-se à necessidade de coletar e analisar dados do cidadão e da sociedade para avaliar seu estado geral e, a partir disso, elaborar projetos e medidas de melhoria..
É a primeira fase de qualquer processo de planejamento, que fornece as ferramentas para saber qual é a situação atual e em quais áreas específicas trabalhar..
Entre outros fatores, o diagnóstico deve avaliar as características demográficas e socioeconômicas da comunidade, seu ambiente físico, o estado de saúde das pessoas e os recursos e profissionais disponíveis para realizar os diferentes processos..
Esta pesquisa requer o estudo de dados quantitativos e qualitativos, incluindo entrevistas individuais e em grupo, reuniões comunitárias e fóruns públicos onde o tema é analisado e discutido para identificar as necessidades e lacunas nesse sentido..
Além disso, a opinião de especialistas também deve ser consultada e uma agenda prioritária para o desenvolvimento de planos de ação.
Por outro lado, este processo requer o desenvolvimento de uma rede de alianças e sinergias entre os diferentes atores públicos e privados, para atuar de forma cooperativa e assim atingir os objetivos que se propõem..
A atenção à saúde comunitária implica a promoção da prevenção e do bem-estar físico, psicológico e social das pessoas e a garantia da atenção básica aos enfermos..
Para tal, as estratégias e planos de ação levados a cabo devem identificar as principais necessidades neste domínio e as causas e motivos que as originam..
Ao contrário da saúde pública, que trata apenas de prestar serviços às pessoas que os demandam, a saúde comunitária visa a população como um todo..
Através dela, pretende-se que o cidadão assuma a responsabilidade no cuidado da sua saúde e da dos outros, através da formação e sensibilização.
Por outro lado, além das questões de saúde propriamente ditas, neste caso também trabalhamos os fatores sociais e culturais que são determinantes no aparecimento e desenvolvimento de doenças..
Entre os principais fatores que dificultam a gestão eficiente da saúde comunitária estão barreiras geográficas, problemas administrativos, falta de recursos materiais e financeiros, comunicação deficiente, falta de capacidade profissional e atendimento de baixa qualidade.
Alguns exemplos de saúde comunitária são:
-Campanhas de prevenção e promoção da saúde pública em vias públicas ou na mídia.
-Entrega de preservativos para aumentar a conscientização sobre os riscos das doenças sexualmente transmissíveis.
-Vacinas grátis nas vizinhanças.
-Planos de atenção primária nas comunidades.
-Acordos entre governos, centros educacionais e empresas para patrocinar ou gerenciar certos serviços comunitários.
-Palestras sobre educação sexual nas escolas.
-Treinamento em primeiros socorros, auto-exames, cuidados e condições básicas de higiene.
-Ações de sensibilização sobre a importância da doação de órgãos.
-Pesquisa científica sobre determinados problemas de saúde presentes na comunidade.
-Exames e checkups gratuitos realizados em áreas rurais ou em comunidades de baixa renda.
-Medidas para garantir o acesso à água potável e saneamento básico a todos os cidadãos.
-Distribuir medicamentos gratuitos para pacientes que precisam e não podem pagar por eles.
-Empresas e instituições que treinam seus funcionários para que possam desempenhar funções de atenção primária à saúde.
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