O vasta lateral ou vasto lateral, como também é conhecido, é um músculo superficial e palpável, localizado na porção ântero-lateral da coxa. É um músculo uniforme, pois existe um em cada membro inferior (perna). Seu nome vem do latim musculus vastus lateralis.
O vasto lateral, junto com o vasto medial, vasto intermediário e reto femoral constituem o músculo mais robusto do corpo humano chamado de quadríceps, sendo o vasto lateral o maior dos quatro.
Esse conjunto de músculos age sinergicamente para possibilitar a extensão da articulação do joelho. Além disso, também participa da estabilidade da articulação do joelho.
Por outro lado, os músculos isquiotibiais antagonizam a ação do vasto lateral e em geral de todo o quadríceps, pois auxiliam na flexão da articulação do joelho, entre outras funções..
O vasto lateral é um músculo que, por não possuir vasos sanguíneos importantes e às vezes não possuir grande inervação, é utilizado para autoinjeção intramuscular. Embora para este fim seja preferível escolher o reto femoral.
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É limitado na parte medial pelo músculo reto femoral ou reto femoral, enquanto na parte lateral é limitado pela banda iliotibial, pela fáscia lata e pelo glúteo máximo..
O músculo pode ser palpado, para isso o paciente é solicitado a estender a perna reta e isso será notado.
Este músculo surge da porção inferior do trocanter maior e da porção superior da linha intertrocantérica, e desce por todo o fêmur em seu lado externo..
Suas fibras estão dispostas obliquamente para fora e em 3/4 de sua extensão estão fortemente ligadas a uma membrana de colágeno fibrosa chamada aponeurose, originando-se no trocanter maior.
Abaixo do músculo está outra aponeurose, da qual surgem muitas fibras do vasto lateral, bem como outros músculos próximos, como o tendão do glúteo máximo e o septo intermuscular lateral..
Durante seu curso, suas fibras apresentam vários pontos de inserção, especificamente se fixam na trifurcação e lábio lateral da linha áspera (2/3 superior), na diáfise do fêmur em sua porção ântero-lateral superior, na fáscia lata e , finalmente, no septo intermuscular lateral.
Posteriormente, o músculo passa pela borda lateral da patela e se insere na tuberosidade da tíbia, graças ao tendão patelar. Lá, ele se funde com as fibras do resto dos músculos que compõem o quadríceps. Isso fornece um reforço da cápsula que reveste a articulação do joelho..
O músculo vasto lateral recebe um ramo da artéria femoral profunda chamada artéria circunflexa femoral lateral.
O músculo vasto lateral é inervado pelo nervo femoral (L2-L4), como o resto dos músculos quadríceps, com exceção do reto femoral.
É um ótimo extensor de joelho. Esta é a sua principal função, que cumpre em completa sinergia com todos os músculos que constituem o grupo muscular denominado quadríceps. Isso significa que o resto dos músculos quadríceps são agonistas do vasto lateral..
Além disso, participa da estabilidade da patela ao ser fletida, pois gera uma força posterior a ela. Todos os músculos do quadríceps e do tendão patelar participam desta ação.
Nesse sentido, o vasto lateral exerce uma força de tração lateral na patela, sendo contrabalançado pelo vasto medial. Desta forma, o equilíbrio é alcançado.
A extensão do joelho permite posicionar o membro inferior de forma reta. Esse movimento colabora em ações como levantar-se da posição agachada, ficar em pé, caminhar, correr, pular, entre outras..
O músculo vasto, como outros músculos, não está isento de estresse e hematomas. Isso pode ser ferido se não for devidamente aquecido antes de iniciar uma rotina de exercícios ou como resultado de um impacto onde o músculo é comprimido contra o osso.
O vasto lateral é um dos músculos do quadríceps que pode causar muita dor, instabilidade da patela e até distúrbios do sono, graças à presença de até 5 áreas-chave de pontos-gatilho.
Os pontos-gatilho são distribuídos desde a origem do músculo até sua inserção e são identificados como PG1, PG2, PG3, PG4 e PG5. Eles podem criar dor referida na crista ilíaca ou no joelho, dependendo da localização do ponto de dor.
O ponto gatilho 1 (PG1) afeta o joelho, produzindo um sintoma bastante patognomônico caracterizado pela sensação de ter a patela presa ou bloqueada. Ou seja, há impossibilidade de dobrar o joelho e há dor na borda lateral, que pode se estender para cima.
O PG2 produz mais dor na área lateral e esta se estende para cima. O PG3 causa dor em direção à porção posterolateral da coxa e na fossa poplítea, ou seja, atrás do joelho (isquiotibiais).
No PG4 a dor se refere mais à parte lateral da patela, com dor intensa se refere a toda a face lateral do músculo. Finalmente, o PG5 está localizado em direção à porção proximal do músculo com dor localizada referida à crista ilíaca.
No PG4 e no PG5 a dor costuma ser muito intensa, interrompendo o sono do paciente, pois é impossível que o paciente se deite sobre o lado afetado.
Esse quadro clínico se apresenta com luxações repetitivas ao nível da patela, o que causa muita dor, desconforto, limitação de movimentos e atrofia muscular do quadríceps. O tratamento para essa condição geralmente é cirúrgico..
Com o paciente completamente reto, deitado de costas (posição supina), o paciente é instruído a contrair o músculo dentro de suas possibilidades, tentando bater no tendão da maca. A capacidade de contração é avaliada.
O exercício denominado agachamento maricas e suas diferentes variantes são muito úteis para fortalecer os músculos que compõem o quadríceps..
Este agachamento consiste em abrir as pernas na largura de nossos quadris, apoiando-se na ponta dos pés. Em seguida, com as mãos na cintura, nos puxamos para trás com cuidado, fazendo os joelhos, quadris e ombros formarem uma linha reta. Os joelhos estão ligeiramente dobrados e as costas retas.
Variantes do agachamento maricas incluem a cadeira romana e a dobradiça de joelho.
Existe uma máquina especial para realizar este exercício, embora às vezes possa ser improvisada.
A ideia é que você fique com os pés juntos e plantados no chão. Estes serão ajustados por uma espécie de peso e nos tornozelos existe um suporte que o segura para evitar que caia. Nesta posição, você deve tentar se puxar para trás mantendo as costas sempre retas.
Basicamente, o movimento é o mesmo do exercício de agachamento maricas, mas desta vez você o fará ajoelhado em uma superfície confortável e não tão baixo.
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